quarta-feira, 21 de julho de 2010

Solidão

Solidão... é tê-la, e não poder tocá-la,
ouvir tua súplica  e nada poder fazer
gritar por socorro e ninguém ouvir.
É sentir-me perdido numa multidão,
quando o mundo passa apressado.
Mesmo sabendo-me desesperado,
quem se importa com minha solidão?

Solidão... é saber-te tão longe,
quando sentimo-nos tão perto;
saber que planejamos tudo certo,
mas, omitimos as circunstâncias;
A estrada é inimiga do sentimento,
um dia, embora em pensamentos
teremos de vencer nossas distâncias.


Solidão...  é ver a bruma da noite escura,
cerrar todas as cortinas  pra luz do dia,
e eu em frenesi buscar-te numa máquina,
mas, tua voz, é só o som de uma tecla fria.
Pela janela cibernética do mundo
tento ver-te, em desespero profundo,
e, não estás! Era o que eu mais temia.

Solidão... é renascer para a vida,
contrariando todo um sistema,
e sentir-se um adolescente.
É descobrir um dia, que a gente,
vai unir, e viver a nossa ansiedade,
vencer todas as adversidades
e ter de separar-se novamente.

Solidão...é vencer  as horas mortas,
em inútil vigília de quem ronda ânsias
varar madrugadas aqui nesta espera,
e quando vens encher minhas taperas
não consigo ver as nossas verdades,
antes de ires já estou com saudades
pois nossos encontros são só quimeras.


Jorge Claudemir Soares (Seu Jorge)
Publicado no Recanto das Letras em 20/07/2010
Código do texto: T2390036 http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/2390036

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