quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Quando não nos encontramos

Os encontros amorosos acontecem quando imaginamos que o outro vai suprir nossas expectativas, quando acreditamos em quem ainda nem conhecemos.
Somos complexos, não somos previsíveis, temos momentos de generosidade, de doação, mas na maior parte do tempo estamos à espera que o outro nos dê aquilo que desejamos, sem que saiba o que desejamos, e nem mesmo nós, na maioria das vezes, sabemos o que esperamos a não ser amor.
Na entrega amorosa acreditamos ser um em dois para sermos felizes para sempre.
Algumas pessoas, diante de incertezas, ficam dominadas pelo ciúme ao ponto de quebrar o encanto com aquilo que achava ser seu verdadeiro amor.
E este encanto pode se quebrar em algum momento, por um gesto bobo, uma palavra mal colocada, uma descoberta ou desconfiança qualquer que não se encaixa naquilo que espera do ser amado.
A paixão, o estar apaixonado se quebra, mas há afeto, há amor há também a esperança da reconciliação.
Neste momento muitas vezes estamos apaixonados pela paixão, pelo estar apaixonado, é uma viagem maravilhosa, cheia de ansiedades e alegrias, onde o medo de perder o objeto amado se faz constante.
Quando diferenciamos paixão de amor, mudamos também nossa forma de amar, porque o amor é mais generoso, mais tolerante, mais cúmplice. Quando amamos sentimos afeto, algumas imperfeições são diluídas no dia a dia, e quando se acredita que irá mudar te comovem e te fazem transbordar de afeto. Mas na maioria das vezes existe muita intolerância, cobrança, muita culpa jogada no outro pela própria infelicidade. Quando isto acontece é hora de parar e pensar o que esta pessoa representa para você.
Quando temos medo de mudar, medo do novo, medo de falar de assuntos delicados, de mágoas; não percebemos que estes sentimentos irão alimentar o rancor.
Então nos distanciamos de quem amamos, sem rumo vamos vivendo com nossas imperfeições os nossos encontros e desencontros.
Assim como diz Rafhael Bacellar:
“Passamos a amar não quando encontramos uma pessoa perfeita, mas quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita”.

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